sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"Sentei-me diante da janela pra contemplar as estrelas.
Algo dentro de mim procurava uma resposta,
buscava minha própria verdade.
Não podia mais suportar a ideia de viver eternamente angustiada,
presa a armadilhas que eu mesma tracei pra mim.
Sabia que não adiantava mais dizer que te amo,
dizer que não posso viver mais sem ti,
que você e a coisa mais importante da minha vida...
Coloquei tudo a perder e agora tenho que pagar o preço,
mesmo sendo alto.
Sei que sempre acabo estragando tudo,
sempre acabo me afastando das coisas que amo ou
fazendo com que elas se afastem de mim.
Só queria que você pensasse nos bons momentos
que passamos, em todas as coisas bonitas que dissemos
um para o outro, em todas as vezes que te abracei e te beijei
e te entreguei meu coração.
Quem sabe uma dia você possa me perdoar por tudo
e ai poderemos retomar nossa história de amor de onde paramos!
Assim, quem sabe, poderei te recompensar por todo sofrimento
e te amar mil vezes mais do que te amo agora!
=]

Um comentário:

  1. Minha Menina...
    Vc anda tão...AUSENTE!

    Tenho razão de sentir saudade,
    tenho razão de te acusar.
    Houve um pacto implícito que rompeste
    e sem te despedires foste embora.
    Detonaste o pacto.
    Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
    de viver e explorar os rumos de obscuridade
    sem prazo sem consulta sem provocação
    até o limite das folhas caídas na hora de cair.

    Antecipaste a hora.
    Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
    Que poderias ter feito de mais grave
    do que o ato sem continuação, o ato em si,
    o ato que não ousamos nem sabemos ousar
    porque depois dele não há nada?

    Tenho razão para sentir saudade de ti,
    de nossa convivência em falas camaradas,
    simples apertar de mãos, nem isso, voz
    modulando sílabas conhecidas e banais
    que eram sempre certeza e segurança.

    Sim, tenho saudades.
    Sim, acuso-te porque fizeste
    o não previsto nas leis da amizade e da natureza
    nem nos deixaste sequer o direito de indagar
    porque o fizeste, porque te foste

    Carlos Drummond de Andrade

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